Policiamento no Kilamba reforçado dentro de dias

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O policiamento na cidade do Kilamba, município de Belas, província de Luanda, vai ser reforçado nos próximos dias, já dentro da perspectiva do aguardado projecto “A Nossa Esquadra”, que vai conferir “mais proximidade, mais segurança e mais qualidade” ao trabalho policial.

A informação foi avançada quarta-feira ao Jornal de Angola pelo segundo comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional, comissário Divaldo Júlio Martins, contactado por telefone um dia depois de ter circulado nas redes sociais um vídeo que dá conta de um assalto à mão armada à porta de um edifício do quarteirão L em plena luz do dia.

O temor crescente dos habitantes da cidade do Kilamba, na sequência da vaga de crimes de natureza diversa, está na origem do reforço do policiamento, que deve acontecer depois da realização, às 9h00 de hoje, sábado, no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), situado no quarteirão A, de um encontro que o segundo comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional vai manter com os coordenadores dos 24 quarteirões da centralidade, habitada desde 2012, e dos blocos da urbanização KK-5000.

O policiamento vai ser reforçado com a entrada em acção de mais 250 efectivos, que vão sair da Unidade Operativa de Luanda, localizada no Bairro da Polícia, devendo o número crescer para 750 novos efectivos com a chegada à cidade do Kilamba de mais 500 agentes que vão estar ao serviço das futuras esquadras.

Na reunião, a equipa de oficiais da Polícia Nacional, que vai ser liderada pelo comissário Divaldo Júlio Martins, vai auscultar as preocupações dos moradores em matéria de segurança pública e explicar as grandes linhas de força do projecto “A Nossa Esquadra”, ainda sem data de lançamento oficial.

Sobre o projecto “A Nossa Esquadra”, o comissário Divaldo Júlio Martins avançou um importante dado que vai certamente tranquilizar os habitantes da cidade do Kilamba. A cidade do Kilamba é uma das quatro primeiras áreas habitacionais da província de Luanda que vão receber o projecto “A Nossa Esquadra”, que visa, entre outros objectivos, pôr fim à dispersão de forças policiais e reforçar o número de efectivos nas esquadras, cujo número também vai ser aumentado.

Actualmente, uma esquadra policial tem entre 50 e 60 efectivos, número que vai crescer, com o projecto “A Nossa Esquadra”, parauma média de 300 efectivos.
Quando o projecto, elaborado no período de um ano, entrar na fase de execução, a cidade do Kilamba vai dispor de duas esquadras, cada uma das quais com 11 viaturas e 10 motorizadas.

Cada esquadra policial vai atender um território integrado por cinco sectores, devendo cada um dos 10 sectores ser responsável por um determinado número de quarteirões a encontrar entre os 24 que compõem a cidade do Kilamba, alguns com 17 prédios, outros com 26 e ainda outros com mais de 30 ou 40. O policiamento que vai ser feito pelos agentes ao serviço das duas esquadras vai chegar também à urbanização KK-5000, uma extensão da cidade do Kilamba.

As 11 viaturas que cada esquadra vai receber vão ser distribuídas pelos 10 sectores, por igual número, devendo a remanescente servir de apoio. Cada sector vai estar sob a responsabilidade de um oficial, que vai chefiar a equipa de proximidade, que vai ser o elo entre a esquadra e a comunidade.“O oficial tem de conhecer os problemas do seu território”, explicou o comissário Divaldo Júlio Martins, acentuando que, entre as tarefas do chefe de equipa de proximidade, estão o estabelecimento de ligação permanente com a comunidade e o encontro de soluções para os problemas que ocorrerem. O comissário Divaldo Júlio Martins disse ter a certeza de que o projecto “A Nossa Esquadra” vai garantir um serviço de “mais proximidade, mais segurança e mais qualidade.”

Quando lhe foi perguntado sobre como deve ser feito o patrulhamento nos bairros que surgiram junto à cidade do Kilamba sem qualquer plano urbanístico, facto que cria constrangimentos ao trabalho policial, o segundo comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional respondeu que a solução, para a inibição de crimes, não está apenas no patrulhamento, mas também na conjugação de outras acções de polícia, como a investigação criminal e a inteligência policial.

“Nós precisamos de ter capacidade de determinar quem são os delinquentes antes mesmo de eles cometerem crimes”, acrescentou Divaldo Júlio Martins, salientando que o patrulhamento evita crimes, mas apenas num determinado ponto.

Fonte:JA

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