Os principais desafios de Vera Daves à frente do Ministério das Finanças

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A secretária de Estado do Orçamento, Vera Daves, intervém durante a ação de formação para jornalistas realizada pelo Ministério das Finanças, em Luanda, Angola, 06 de outubro de 2018. AMPE ROGÉRIO/LUSA

Dois meses e meio depois, nova remodelação governamental em Angola, desta vez a afetar as pastas das Finanças e da Educação. Vera Daves foi a escolhida pelo presidente João Lourenço para substituir Augusto Archer Mangueira. A até agora secretária de Estado sobe assim a ministra das Finanças de Angola, passando Archer Mangueira a sentar-se na cadeira de governador da Província do Namibe, cargo deixado livre pela exoneração de Carlos Da Rocha Cruz.

O ambicioso programa de privatizações de Angola será um dos principais assuntos que passam para as mãos da nova ministra. “Numa primeira fase, haverá dores de crescimento e alguns receios, mas o que é fundamental é garantir que no final do processo o país saia da letargia que tem impedido de resolver problemas como o emprego, a competitividade e a eficiência”, disse há cerca de mês e meio Vera Daves, sobre o assunto, numa cerimónia de apresentação do programa de transferência de ativos do Estado para o setor privado.

A até agora secretária de Estado senta-se uma vez mais na cadeira deixada livre por Acher Mangueira, cujas pegadas seguira já quando este se tornou ministro, sendo ela a escolhida para assumir as suas funções na liderança da Comissão do Mercado de Capitais angolano, onde já estava como administradora executiva. Um ano depois, em 2017, era chamada para a secretaria de Estado das Finanças.

Licenciada em em Economia pela Universidade Católica de Angola, Vera Daves foi técnica de Finanças na Sonangol e diretora do gabinete de produtos e research do Banco Privado Atlântico, antes de entrar para a Comissão do Mercado de Capitais, onde chegou em 2012.

Para o lugar da até agora secretária de Estado do Tesouro e das Finanças foi hoje nomeado Osvaldo Victorino João. A nota enviada pela Casa Civil do presidente João Lourenço dá ainda conta de mudanças na Educação, com Maria Cândida Teixeira a dar o lugar a Ana Paula Elias.

De saída está também José Manuel Vieira Dias Cunha, que abandona o cargo de secretário de Estado para a Saúde Pública, sucedendo-lhe Franco Cazembe Mufinda. Também Carlos Ulombe Esperança da Silva foi exonerado do cargo de vice-governador da Província do Bié para o setor político, social e económico, assumindo António Manuel o seu lugar.

Já em julho, João Lourenço procedeu a mudanças significativas no seu governo, trocando então os ministros do Interior, da Agricultura e da Economia pelos novos ocupantes dos cargos, respetivamente Eugénio César Laborinho, António Francisco de Assis e Manuel Neto da Costa (Economia e Planeamento). Nessa altura, foram também nomeados Marcos Alexandre Nhunga como governador da Província de Cabinda, Júlio Marcelino Vieira Bessa como governador da Província do Cuando Cubango, Lopes Paulo como secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República, Samahina de Sousa da Silva Saúde como secretário de Estado do Planeamento e Jorge Francisco Silveira como diretor-adjunto do Cerimonial do Presidente da República.

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