OKC é o novo campeão da NBA

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Estava tudo em aberto. Os Oklahoma City Thunder foram a melhor equipa da fase regular, tiveram o condão de “limpar” a conferência Oeste como não havia memória entre os conjuntos que no início da temporada não partem como favoritos, chegavam à decisão como número 1 ao título ganho pelos Boston Celtics de Neemias Queta em 2024. No entanto, os Indiana Pacers arriscaram o impossível. Foram ganhar um jogo fora, levaram a luta até ao final, forçaram uma “negra” como não acontecia há quase uma década. O título da NBA não era decidido há muito no jogo 7 mas a formação de Este mostrou a força que uma equipa pode ter.

Agora, ninguém arriscava um vencedor. Sim, os Thunder jogavam em casa. Sim, os Thunder tinham mais e melhores argumentos. Sim, os Thunder podiam ter a faca e o queijo na mão. Ainda assim, Milwaukee Bucks, Cleveland Cavaliers e New York Knicks, três das cinco melhores equipas da conferência Este, também foram achando o mesmo até abrirem os olhos, acordarem e perceberem que estavam eliminados. Esse era o grande segredo dos Indiana Pacers, que dentro de um coletivo fortíssimo, com imensa facilidade em fazer pontos e com uma capacidade invulgar de gerir encontros nos momentos decisivos tinham uma grande figura que era Tyrese Haliburton. Era nele que recaíam muitas das possibilidades de uma surpresa final.

O base/extremo de 25 anos não demorou a mostrar ao que vinha, gelando por completo o Paycom Center com três triplos seguidos que colocou os Pacers na frente no primeiro período e obrigou o técnico da equipa da casa, Mark Daigneault, a pedir um desconto de tempo quando perdia por 14-10. Os Thunder tiveram uma ligeira melhoria mas, a cinco minutos do final do primeiro período, tudo mudou num lance: Haliburton fez a jogada 1×1 para preparar o melhor lançamento, escorregou e sofreu aquela que pareceu ser uma lesão grave na zona do pé direito, ficando em lágrimas a bater com a mão no chão de dores antes de ser rodeado por todos os companheiros e sair sem conseguir apoiar a zona afetada. O pai, nas bancadas, colocava as mãos na cara. Reggie Miller, provavelmente a maior figura de sempre da equipa, não queria acreditar.

O primeiro período ainda terminou com uma vantagem curta de 25-22 mas os desafios das duas equipas eram claros: os Thunder queriam disparar no resultado, os Pacers queriam aguentar-se no jogo. Prevaleceu a segunda, a bem da emoção. Shai Gilgeous-Alexander continuou a mostrar o porquê de se ouvir MVP, MVP, MVP no pavilhão sempre que fazia pontos (e foram 16 na primeira parte) mas a formação de Indiana teve um aumento de agressividade na defesa, colocou mais pressão nos lançamentos dos Thunder, foi somando pontos entre as contribuições de Pascal Siakam e Andrew Newbhard e as boas saídas do banco como a de Bennedict Mathurin, e conseguiu chegar na frente por um ponto ao período de descanso (48-47).

Os Indiana Pacers tinham uma balão de oxigénio cheio de esperança apesar da lesão de Haliburton, ficando com aquela ideia de que era possível ganhar mesmo sem a principal referência. Problema? Sem ter a solução que tenta resolver as bolas que ninguém quer decidir, os momentos menos bons no jogo não tinham depois uma resposta, o que permitiu que os Thunder chegassem pela primeira vez a uma vantagem de nove pontos (65-56). O jogo começava a fugir aos visitantes, com a equipa da casa a fechar o terceiro período com um avanço de 13 pontos (81-68) num encontro com menos pontos do que é habitual. Ainda assim, a história começava a ser escrita em definitivo, com a formação de Oklahoma a segurar o triunfo por 103-91.

Shai Gilgeous-Alexander terminou como o melhor marcador da equipa e do jogo, com 29 pontos e mais 12 assistências, coroando como desejava a temporada mais conseguida desde que chegou à NBA. O canadiano deu um pouco de tudo à equipa, entre lançamentos concretizados, algumas polémicas e cerca de 300 mil euros em relógios Rolex a companheiros e restante staff depois da conquista do prémio de MVP da época. Faltava apenas o título que chegou na madrugada desta segunda-feira, naquela que foi a primeira vitória dos Thunder desde que rumaram a Oklahoma em 2008 depois do título dos Seattle Supersonics, antigo nome da franquia, no longínquo ano de 1979 frente aos Washington Bullets com Lenny Wilkens no comando técnico. A partir de agora, não mais a vida dos Thunder será igual mas pelas melhores razões.

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