KILAMBA A CENTRALIDADE QUE PROMETIA SER O SONHO DA JUVENTUDE ANGOLANA

0
33

Kilamba, também chamado de Kilamba de Belas, é um bairro do município de Belas, arredores de Luanda, a bela capital de Angola, na província de homónima, foi inaugurada a 11 de julho de 2011.

O bairro-centralidade do Kilamba está localizado na extremidade nordeste do município de Belas, imediatamente a sul do Estádio Nacional 11 de Novembro, tendo como principais vias de acesso a Via Expressa Fidel Castro e a Via Expressa Golfe-Camama-Barra do Cuanza.

O projecto deste bairro-centralidade foi concebido para se desenvolver em três fases, com um total de 82 mil apartamentos, numa área de 54 km². A primeira pedra do empreendimento foi lançada no dia 31 de agosto de 2008, sendo o bairro-centralidade oficialmente inaugurado a 11 de julho de 2011 pelo falecido Presidente da República de Angola José Eduardo dos Santos.

A primeira fase deste empreendimento foi prevista para alojar cerca de dezanove mil pessoas em 115 edifícios, num total de 3.800 apartamentos, erguidos em padrão urbano com serviços públicos integrados, como escolas e instituições financeiras. Segundo Manuel Vicente, então Presidente do Conselho da Administração da Sonangol na altura da inauguração do núclo central, a formalização da primeira entrega da empreitada comporta dez quilómetros de estrada, 48 lojas, parques de estacionamento, paragens para transporte públicos, entre outros equipamentos urbanos. O escopo inicial do empreendimento compreenderia 710 edifícios, 24 creches, nove escolas primárias, oito secundárias e cinquenta quilómetros de estradas.

Os mais de três mil apartamentos do bairro-centralidade do Quilamba arrancaram à comercialização em 22 de agosto 2011. A Sonangol Imobiliária dispôs à venda 3.180 apartamentos do tipo T3 A, B, C e T5, além de casas do tipo T3 A e B com 110 metros quadrados, T3 C com 120 metros quadrados e T5 com 150 metros quadrados.

Em 2012 o novo bairro-centralidade de Kilamba possuía oito blocos de apartamentos, mas havia sido relatado que custo da moradia estava demasiado elevado para a grande maioria dos potenciais interessados, o que afugentava moradores.

O bairro-centralidade foi construído sem barreiras arquitectónicas, de modo a que as pessoas portadoras de deficiência pudessem circular de forma autónoma e com segurança. O bairro-centralidade dispunha também de um hospital, clínicas e estava prevista a construção de pelo menos 12 centros de saúde no local.

Estava prevista a instalação de depósitos selectivos de lixo, de modo a que a recolha de resíduos fosse feita com uma pré-selecção ecológica.

Ao lado das zonas residenciais foram reservados espaços para o investimento privado, com vista à edificação de prédios de escritórios, centros comerciais e outros, obedecendo ao plano director do bairro-centralidade.

Serviços públicos
No bairro-centralidade do Kilamba estão planeadas infraestruturas destinadas aos serviços municipais segundo um modelo que se propõe ser o embrião de ensaio da criação de autarquias a nível do país, entre elas a futura Câmara Municipal, o Tribunal Municipal e outros serviços.

Os prédios ficaram dispostos em quatro quarteirões, equipados com quatro jardins-de-infância, duas escolas primárias e uma secundária. Elementos como suportes e canalização para os aparelhos de ar condicionado foram incorporados na arquitectura dos edifícios.

Foram concluídas as infra-estruturas sociais, como escolas primárias e secundárias, com espaços desportivos dotados de quadras de jogos multiusos e campos de futebol com pistas de atletismo. As estações de tratamento de água potável (ETA) e a de tratamento de águas residuais (ETAR) estão prontas para utilização, e duas subestações eléctricas fornecem energia ao bairro-centralidade.

Várias criticas foram lançadas desde o início do processo de atribuição dos apartamentos, assim como determinadas características que se apoderaram do _modus vivendi_ dos cidadãos, como a fama de existir vários apartamentos ocupados por mulheres solteiras, restaurantes e bares lotados, agradáveis feiras de lazer etc. Desde 2011 que Luanda não mais voltou a ser a mesma cidade, graças a essa joia que abriphanta a capital angolana.

Por: *Jardel de Almeida Andrade*

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui