A Imogestin, empresa gestora de projectos habitacionais na província de Benguela, nomeadamente nos municípios do Lobito e da Baía Farta, desmentiu hoje, ter efectuado qualquer venda pública ou realizado algum sorteio de casas dessas urbanizações.
Em nota enviada nesta terça-feira à Angop, em reacção a informações postas a circular recentemente nas redes sociais, sobre supostos actos de corrupção verificados durante um pretenso sorteio da Imogestin, ocorrido no pavilhão da centralidade do Lobito, a empresa desmente ter realizado tal acto (sorteio).
Segundo o documento, as vendas nas referidas centralidades só estão a decorrer para funcionários públicos e os beneficiários são escolhidos pelos próprios organismos em que trabalham, sendo as respectivas listas aprovadas pelas autoridades locais.
Outrossim, esclarece a nota, à Imogestin compete somente verificar se é respeitada a quota de 30 porcento para candidatos com menos de 40 anos de idade, em protecção da quota da juventude e o cumprimento dos demais critérios aprovados pelo Executivo.
Já em Abril de 2018 circularam igualmente nas redes sociais falsas informações sobre uma suposta venda pública de casas na centralidade do Lobito, na altura prontamente desmentidas pela Imogestin.
As primeiras 118 residências da centralidade do Lobito foram entregues a funcionários públicos em Dezembro de 2017, em acto orientado pela ministra do Ordenamento do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho.
A urbanização do Lobito ocupa uma área de cerca de 290 hectares e depois de concluída vai contar com três mil unidades habitacionais, entre as quais 856 vivendas unifamiliares de tipologia T3 e 2.144 apartamentos de dois e três pisos, para albergar uma população total estimada em 18.000 habitantes.
O projecto contempla ainda a construção de três jardins-de-infância, duas escolas primárias, uma escola secundária, áreas de lazer, incluindo todos os equipamentos necessários para o seu funcionamento. Já a urbanização da Baía Farta possui mil residências e recebeu os primeiros moradores, igualmente funcionários públicos, também no final de 2017.