Para muitos o termo da cerca sanitária é conhecido devido a sua invocação em diversos contextos. Para outros talvez não existe como tal, pela falta de um esclarecimento devido. Para os da classe média e mais lá para frente, é a restrição da movimentação do pessoal num determinado lugar que por razões sanitárias deve ficar isolado.
Mas para a maioria, é como se de uma privacidade pressagiada da força se tratasse para manter a população em vigilância. Tantas cogitações a respeito da sua interpretação para se culminar ao senhor bom senso à luz da conservação da vida. Presume-se que tal acção deve-se pelo facto do País não poder acudir problemas anteriores que hoje em dia deviam excitar o povo olhar com clareza, tudo quanto a seriedade inspira confiança a qualquer ser humano de qualquer lugar existencial do mundo, ser capaz de dar nozes a quem não tem dentes.
Mas também pode-se compreender que não podem ser resolvidos todos em tempo oportuno, num caminho onde todos estão na fila com pratos estendidos ao céu esperando que caía de alguma altitude maná para saciar seus anseios. Todavia, a atenção justa, a observação pitoresca, a visão humana de igual medida, com ouvidos ligados aos discursos de todos, até dos que gaguejam, ver neles ideias que possam fluir se houver oportunidade para se construir por meio de todos um paraíso.
E um paraíso não deve ser construído através da força, mas devido a forma com que se pode absorver a diversidade da habilidade na multidão, embora cada um de nós reflecte conforme o seu entendimento, ainda é possível tocar na larva da sua psique e poder escolher do seu raciocínio uma parte colorida de sonhos que podem ditar a construção de um País.
E sendo isto, não é necessário que nos coloquemos na posição superior de alguém que julga ser Deus de si próprio, que não precisa de ninguém para se achegar ao apogeu, que viveu a vida desenhando estrelas para si e noite para os que não lhes convém.
Há uma vida de mãos abertas, braços acolhedor, que não precisa de um pomar de perfeição para que os homens se suportem, e nessa fase não somente o homem de berço de ouro teme o dilúvio de assombrações, aquele que também ao ar livre dialoga com a escuridão, que soletra ao abecedário da fome, que sem pensar na gravidade do assunto que enfrenta quer apenas um pedaço de pão, uma migalha de consolo que lhe induza ser o autor da sua própria história, num imerso de restrições que sempre a vida o impôs.
Há mulheres que preferem bofetadas mesmo com crianças apoiadas as costas do que ver as panelas vazias a cozer poeira dos bairros, acção praticada para derrubar as suas dificuldades num momento extremamente difícil, onde cada um salva-se da forma que poder. O mais agravante é que nessa senda os mais prejudicados são os que lutam apenas para aquecer o estômago com migalhas de esperança.
Vão apanhando grãos de conformações colocando na psique o palavreado de que depois da tempestade vem abonança sem se poder medir os esforços nessa cerca sanitária. Contudo, a cerca sanitária na visão da humanidade, é a ampla reflexão que se faz aos detentores dessas políticas criadas e normativas, que recai sobre si e pesa aos outros consumidores destas mesmas restrições (ao pobre) a camada média, a camada baixa, apesar de ser vista num fórum quase desapropriado pela forma breve do seu acontecimento (o confinamento) tem causado seus transtornos psicológicos que pode culminar ainda num conjunto de frustrações a população.