Incumprimento das Normas do Estado de Calamidade Pública

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À nossa equipa de repórteres, andou hoje pelas ruas de Luanda, onde alguns cidadãos pronunciaram várias opiniões sobre o tema “ Incumprimento das normas do estado de calamidade pública.


Por causa da covid-19 os convívios familiares, tiveram de ser cancelados ou restritos por conta das medidas de prevenção implementadas pelo nosso governo, uma vez que os riscos de contaminação é cada vez maior, e os números de casos têm aumentado dia-a-dia.

É sabido que o Governo Angolano vem adoptando medidas necessárias para conter a propagação do novo corona vírus, dentre elas a declaração do primeiro estado de Emergência, decretado no passado dia 27 de Março de 2020, e agora o recém prorrogado Estado de calamidade pública, que se estende até o dia 08 de Setembro do corrente ano, que tem como base os direitos e obrigações para gerir a vida da população nesta fase crítica, infelizmente tem se registado um nível acentuado de incumprimento destas normas de carácter obrigatório, por parte da população, que na verdade são ou devem ser os maiores beneficiários destas medidas de prevenção.

A Srª Olga Barbosa Silva, exprimiu que “Tem havido a realização de eventos familiares em várias casas e apartamentos aqui no kilamba, e até nos espaço adjacentes aos edifícios, por conta disto, verifica-se de maneira inconsequente as aglomerações de pessoas, nestes casos, é comum verificarmos o uso de máscara em algumas pessoas, porém há quem não respeita às medidas de biossegurança nem tão pouco ao distanciamento físico que é exigido, e tantas outras situações que em nada ajudam na contenção do vírus”.

A dona Cleide Mateus confessou-nos que comemorou o seu casamento com apenas dez membros da família, ” Cumprimos com as medidas exigidas pelo Ministério da saúde, inclusive, tivemos que utilizar a plataforma Zoom Meeting para que os outros familiares pudessem acompanhar a cerimónia por vídeo conferência, confesso que foi um momento muito lindo, gostaria que todos se fizessem presentes, ainda assim,mesmo distante senti a felicidade dos meus familiares”.

A recém casada apela a todos a cumprirem com as medidas recomendada, pois, este incumprimento das normas do decreto presidencial tem resultado na detenção de vários cidadãos e desde então as forças de defesas e segurança tem vindo a desenvolver uma intensa actividade de sensibilização, vigilância e fiscalização para garantir o cumprimento das medidas de biossegurança e manter a população saudável.

Nos dia de hoje, o incumprimento que mais se verifica é o uso incorreto da máscara, que dá direito a uma multa entre cinco e dez mil kwanzas, realização de encontros em casas de parentes com mais de 15 pessoas, até antes da prorrogação do Estado de Calamidade, uma outra situação que se constatava, era o não cumprimento do horário de encerramento dos restaurantes, o decreto orientava o encerramento as 16 horas, mas clandestinamente muitos iam mesmo até as 20 horas de maneira camuflada, felizmente o o Governo alterou esta medida e agora os restaurantes passam a encerrar as 21 horas, para o bem dos empresários deste ramo.

Mas nas ruas, continuamos a constatar senhoras a vender em dias e horários não autorizados. o mercado do kikolo é o mau exemplo deste incumprimento.

Pelo Kilamba temos assistido o reduzir de zungueiras que se afixavam nas paragens de táxi, fruto de um trabalho que a fiscalização desta cidade tem estado a realizar e fala-se na criação de um mercado mesmo no kilamba, para encaminhar todas estas senhoras, a nossa equipa ainda não sabe exactamente em que local será, mas sabe-se que o espaço já está identificado, segundo uma fonte da administração, que garante também que no mesmo mercado serão criadas as condições mínimas de biossegurança.

Por Marinela António (Estagiária)

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