Os exames laboratoriais do paciente chinês internado em Luanda, com suspeitas de contrair coronavírus, revelam-se negativos.
Segundo o Inspector Geral da Saúde, Miguel de Oliveira, os testes feitos num laboratório de referência na África do Sul não revelaram qualquer presença do Vírus, que já fez mais de 200 mortos em todo mundo.
O paciente internou na clínica Girassol, em Luanda, no dia 26 de Janeiro último, com um quadro de gripe e febres altas, tendo ficado em observação para testes laboratoriais.
As primeiras amostras feitas pelas autoridades angolanas já revelavam uma gripe comum, mas foi necessário um contrateste para afastar a suspeita.
O cidadão chinês entrou no país no dia 16, proveniente da China, mas no dia 26 sentiu-se mal e procurou ajuda médica, que resultou em internamento.
O paciente recebe alta médica ainda hoje e desse modo acaba-se o rumor de que o havia morrido.
Este foi o primeiro caso suspeito de coronavírus em Angola e na África Austral.
O coronavírus faz parte de uma vasta família de vírus que inclui os que causam a gripe comum, mas também a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS).
Os primeiros sintomas são febres altas e tosse, que podem agravar até causar pneumonia.
O epicentro deste vírus é a cidade de Wuhan, China, onde tem provocado várias mortes.
Dados actualizados dão conta de que um total de 15 mil e 238 casos suspeitos e 9 mil 826 confirmados de coronavírus já foram registados no mundo.
Na China, epicentro do vírus, os casos confirmados estão em torno de 9 mil e 720, em estágio grave 1.527, óbitos 213, e fora deste país há um total de 106 casos confirmados, em 19 países.
A OMS declarou, quinta-feira, a epidemia como emergência mundial de saúde pública, devido a implicância de todos os países.