País com défice de 65 empresas de manutenção de edifícios

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O país conta apenas com 15 empresas especializadas em manutenção predial, quando nesta altura necessita de 80, para fazer face à conservação dos edifícios de mais de 30 centralidades espalhadas em todo território nacional.
Segundo o coordenador provincial da Associação Nacional das Empresas de Manutenção Predial (Anemp), Eduardo Ernesto, que falava hoje à Angop, à margem do XVI Seminário Nacional de Gestão Técnica da Manutenção Predial, além das grandes empresas especializadas em serviços de manutenção predial, seriam necessárias as de pequeno e médio porte, para serem subcontratadas pelas “gigantes”.

Sem avançar números, afirmou existirem outras empresas e alguns técnicos que prestam serviços de manutenção no País, mas o grande problema reside na falta de cultura de manutenção regular e a procura destes serviços.

Explicou que muitos edifícios são bem construídos, mas a falta de manutenção tem causado graves consequências, como o desabamento do próprio edifício.

“O cumprimento rigoroso do plano de manutenção previne danos, o que só poderá acontecer se a sociedade estiver mais consciencializada sobre a importância da manutenção e procura destes serviços”, disse.

A manutenção actua nos sectores de construção civil, carpintaria, água e esgoto, sistema de incêndio, de ventilação e refrigeração, segurança electrónica, instalação eléctrica, entre outros serviços.

Por outro lado, o presidente da Anemp, Francisco Chaves, defendeu a criação de um decreto presidencial, que inclua a taxa de manutenção predial no valor de pagamento da renda resolúvel das centralidades e de outros projectos imobiliários.

Ao se referir à formação, disse que a iniciativa visa alertar os cidadãos e gestores públicos, de modo a dinamizar a cultura de manutenção predial e evitar danos, como é o caso desabamento do antigo edifício da DINIC.

Em relação às consequências da falta de manutenção predial, acrescentou que causa doenças respiratórias, devido à falta de manutenção dos ar-condicionados, incêndios eléctricos, entre outros constrangimentos.

A Anemp, criada há 3 anos, tem mais de dois mil associados, representados em sete províncias do País e pretende expandir a nível nacional neste ano.

Fonte: Angop

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