Os relacionamentos amorosos que envolvem raparigas adolescentes com adultos comprometidos, muitos dos quais casados, é o foco da nova obra cinematográfica do realizador Henrique Narciso “Dito”, intitulada “Manga de 10”, cuja estreia está agendada para o próximo mês de Agosto.
O realizador, que começou as filmagens em Fevereiro, disse que o drama de aproximadamente 50 minutos é resultado de uma investigação de seis meses com pessoas que vivem ou viveram o fenómeno “Manga de 10”, que prestaram informações “que ajudaram a constituir o roteiro”.
O fenómeno “Manga de 10”, disse Dito, é um facto vivenciado na sociedade angolana, sendo derivado do termo “Catorzinha”, resultante do envolvimento de adultos com raparigas com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos, considerado um fenómeno que tem provocado desestruturação de várias famílias, sobretudo quando o indivíduo em causa é pai de família.
O cineasta conta que o filme começa por retratar dificuldades financeiras vividas por um casal, na qual o marido (Valter), um engenheiro formado em Cuba e desempregado há nove anos é susten-
tado pela esposa (Massoxi), uma zungueira batalhadora, que na sua lida diária, tem de fugir da polícia e da fiscalização, para poder vender e depois sustentar a casa.
Com o passar do tempo, Massoxi conhece um empresário de quem consegue em-prego para o marido, que em pouco tempo ascende ao cargo de chefia. Com a condição financeira favorecida, Valter assume uma relação secreta com Sheila, uma adolescente de 16 anos. Valter começa a ver a sua vida a complicar-se, quando Sheila resolve chantageá-lo com pedidos de bens materiais cada vez mais caros em troca do silêncio, perante a esposa.
O filme tem como objectivo chamar atenção do perigo existente na relação, vulgo “Manga de 10” por envolver três ou quatro indivíduos que se relacionam com a mesma menina.
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