Brasil e Angola responsáveis por 70 por cento dos trabalhadores estrangeiros em Portugal

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De Lisboa ao Alentejo, passando pelo Minho e Centro do país, a mão-de-obra estrangeira já faz parte da realidade económica portuguesa. Uma análise interna da Eurofirms – People First mostra que mais de 12 mil profissionais estrangeiros integram atualmente clientes da empresa em diferentes setores e regiões. Com maior expressão apresentam-se as comunidades do Brasil e Angola, que juntas representam 70% do total.

As funções variam de acordo com a especialização económica de cada região. Na Área Metropolitana de Lisboa, predominam os serviços, hotelaria e restauração, com forte presença em funções de limpeza, apoio administrativo e restauração. Na Área Metropolitana do Porto, a mão de obra estrangeira integra de forma significativa a indústria transformadora e os serviços de apoio.

No Centro do país, destacam-se atividades ligadas ao calçado e têxtil, enquanto no Alentejo sobressaem a agricultura e a restauração, fundamentais para a economia local. Já a Norte, a procura incide sobre a indústria pesada e transformadora, incluindo funções como operadores de máquinas, serralheiros e soldadores. No Sul ganham expressão as funções ligadas à logística e armazenamento.

Mão-de-obra estrangeira responde à falta de profissionais em Portugal

A análise confirma também que estes trabalhadores ocupam maioritariamente funções que, em muitas regiões, não encontram correspondência na procura nacional. No interior, por exemplo, a agricultura e a restauração dependem em larga medida de comunidades estrangeiras, enquanto na indústria do Norte o recrutamento de profissionais qualificados em soldadura ou serralharia recorre cada vez mais a trabalhadores internacionais. Esta realidade mostra como a mobilidade laboral responde a lacunas específicas e garante a continuidade de setores que de outra forma enfrentariam maiores dificuldades de operação.

“A Eurofirms atua como catalisador deste processo, assegurando que a integração decorre com estabilidade e de forma sustentável, beneficiando trabalhadores e organizações”, destaca ainda João Lourenço.

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