O Prémio Nobel da Paz 2025 foi atribuído a María Corina Machado.
Os Prémios Nobel têm na sua origem a fortuna de um cientista e empresário sueco. No seu testamento, Alfred Nobel deixou expressa a vontade de atribuir um prémio a indivíduos que se destacassem em várias áreas, incluindo à pessoa que “tiver feito o maior ou melhor trabalho pela fraternidade entre nações e a abolição ou redução de exércitos permanentes e a formação e difusão de congressos de paz”.
Quem é María Corina Machado Parisca?
María Corina Machado Parisca (Caracas, 7 de outubro de 1967[1]) é uma engenheira industrial, professora e política venezuelana. Serviu como deputada da Assembleia Nacional da Venezuela entre 2011 e 2014, quando teve seu mandato cassado pela mesa diretora da Assembleia Nacional da Venezuela, comandada na época por Diosdado Cabello.[2] Foi também fundadora, juntamente com Alejandro Plaz,[3] vice-presidente e presidente da Súmate,[4] organização civil de oposição ao governo venezuelano.
Apoiou o golpe de estado de 2002, que depôs por 48 horas o então presidente Hugo Chávez. Na ocasião, Pedro Carmona Estanga, diretor da principal entidade empresarial do país, proclamou-se presidente da Venezuela e assinou decreto que fechava o Congresso Nacional, anulava a Constituição, dissolvia a Suprema Corte e suspendia garantias legais. María Corina participou daquele governo e assinou o “Decreto Carmona”.[5]
Juntamente com outros integrantes da oposição venezuelana, foi acusada de conspiração para fundos recebidos da Fundação Nacional para Democracia, provocando a condenação do governo de Hugo Chávez por grupos de defesa dos direitos humanos.
Durante os protestos na Venezuela em 2014, foi uma das principais organizadoras das manifestações contra o presidente Nicolás Maduro.[6]
Em junho de 2023, após começar a liderar as primárias da oposição para a Eleição presidencial em 2024, foi proibida de ocupar cargos públicos pela Controladoria-Geral do país por 15 anos;[7][8] algo semelhante aconteceu com Henrique Capriles, que concorreu duas vezes à presidência pela oposição, e foi impedido de exercer cargos públicos por 15 anos em 2017.[9]
Em 9 de janeiro de 2024, durante um protesto contra a posse de Nicolás Maduro em 2025, foi presa pelo seu regime.[10]
O galardão é atribuído desde 1901.