Custo dos materiais de construção atrasa “sonho da casa própria”

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Centralidade Cazenga Marconi

Os cidadãos da cidade da Gabela, no município do Amboim, na província do Cuanza-Sul, apelam à intervenção das entidades responsáveis pela regulação dos preços dos materiais de construção civil que estão cada vez mais caros, o que inibe a concretização do sonho da casa própria.

A preocupação foi manifestada, recentemente ao Jornal de Angola, durante a ronda efectuada nas lojas e armazéns que comercializam os principais materiais de construção civil naquela localidade.

Ana Ju, funcionária pública, considerou os preços dos materiais de construção civil muito caros e acima da renda de muitos cidadãos, situação que tem adiado os planos de muitas famílias, em relação à concretização do sonho da casa própria.

“Estamos preocupados com o aumento dos preços dos materiais de construção, pois muitos os jovens recém-casados são obrigados a adiar a construção da casa própria e continuar a ser reféns dos arrendamentos” disse.

Actualmente, o saco de cimento de 50 quilos está a ser comercializado entre 6.800 e 7.200 kwanzas, dependendo da marca , já um varão de ferro custa entre oito e nove mil e 500 kwanzas, enquanto uma caixa de mosaico pode custar até 12.500 kwanzas.

Ana Ju considera serem injustificados o aumento constante dos preços dos materiais de construção, sendo que por lado, muitos destes produtos são fabricados no país, e por outro, disse que, nos últimos anos não houve informações sobre a escassez de materiais de construção no mercado angolano, que levasse as fábricas e agentes a aumentarem o preço.

Para a cidadã, que exerce a profissão de professora, o Executivo junto do Ministério da Indústria e Comércio devem reavaliar as políticas públicas de produção, comercialização e exportação destes produtos, através da criação de mecanismos que visam incentivar as unidades fabris a aumentarem os níveis de produção, bem como reduzir os monopólios, factores que vão permitir liberar o mercado para outras empresas investirem no sector.

Joaquim Fernando é outro jovem que depois de adquirir dois sacos de cimento de marca Yetu, no valor de 13 mil e 600 kwanzas, considerou o preço dos materiais de construção civil muito elevado.

Para Joaquim Fernando, a situação é muito preocupante, pelo facto de muitas famílias não terem à sua disposição uma renda mensal fixa para comprarem os produtos a este preço, razão pela qual, defende a revisão dos preços, por parte das autoridades competentes, como forma de mudar o actual quadro.

Francisco Matias, gestor de uma empresa que comercializa materiais de construção civil, apontou a desvalorização da moeda nacional, o aumento de 14 por cento do Imposto de Valor Acrescentado (IVA), os custos de transporte que os empresários têm durante a aquisição dos materiais estão entre as causas que está na base do aumento dos preços.

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