Nenhum angolano na China está infectado

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Sílvia Lutucuta

Nenhum dos cerca de 200 angolanos que vivem na China está infectado pelo coronavírus, o misterioso surto viral que, desde o dia 12 deste mês, assola algumas regiões daquele país asiático, garantiu, ontem, em Luanda, a ministra da Saúde.

O surto, que teve o epicentro na cidade de Wuhan, já afectou 1.300 pessoas e causou 41 mortos, colocou outros países em estado de alerta. O número de infectados com o vírus ultrapassa provavelmente o milhar de casos e é muito superior ao avançado pelas autoridades locais, segundo investigadores britânicos.

Ontem de manhã, o Ministério da Saúde reuniu com os parceiros, num encontro multissectorial que envolveu equipas técnicas, para traçar um plano de acção, que visa a execução de medidas assertivas de prevenção de uma eventual circulação do vírus no país.

Em declarações à im- prensa, no final do encontro, a ministra da Saúde disse que Angola tem já traçado um plano de contingência a ser executado por vários órgãos ministeriais, para o controlo e prevenção de uma eventual epidemia no país.

“O nosso país tem uma grande circulação de pessoas e bens vindas da China e da Ásia, então é preciso que tomemos as medidas que se impõem, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, disse Sílvia Lutucuta.

Trabalham em conjunto técnicos dos Ministérios do Interior, Transportes, Comércio, Comunicação Social e outros subsistemas de Saúde do sector público.

De acordo com a ministra, até ao momento a região africana não registou nehum caso de coronavírus, mas sublinhou a necessidade de reforçar a prevenção.

“Temos espalhados pelos principais pontos de entrada do país, técnicos de Saúde Pública multidisciplinar, devidamente preparados para fazer o controlo em todas as áreas”, garantiu.
No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, há equipas de técnicos de Saúde Pública, munidos com equipamentos sensorias, detectores e medidores de temperatura corporal.

“As nossas equipas estão destacadas por turnos, cobrindo a zona 24 horas por dia. Estamos atentos a qualquer situação que possa advir e entrar no nosso território”.

Sílvia Lutucuta garantiu que as equipas do Ministério da Saúde estão preparadas para, na eventualidade de se detectar um caso, isolar rapidamente o passageiro, que deve receber os primeiros socorros e depois ser evacuado para uma unidade de referência para ser submetido ao devido tratamento.

Construção do hospital em duas semanas

Na China, um segundo hospital será especialmente construído “dentro de duas semanas” na cidade de Wuhan, o epicentro do novo vírus que atinge o país, para tratar os doentes, noticiou ontem o People’s Daily.

O novo hospital terá capacidade para 1.300 camas, as quais se somarão aos mil leitos previstos para o primeiro hospital para pacientes portadores do vírus e será construído em dez dias, conforme foi anunciado na sexta-feira, acrescenta o jornal estatal.

A China vai avançar com medidas nacionais para rastrear o novo vírus nos transportes públicos e, a circulação de veículos não essenciais já está proibida em Wuhan.

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