Huíla: Arroz arrisca-se a estragar por falta de escoamento

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Empresário chinês têm licença de produção, mas não de comercialização

Mais de 300 toneladas de arroz arriscam a deteriorar-se no município da Matala no interior da província angolana da Huíla por dificuldades de escoamento.

O arroz produzido num projecto chinês que ocupa uma extensão de 500 hectares não pode ser escoado por falta de licença de comercialização.

O assunto deve levar nesta segunda-feira, 3, uma comissão multissectorial do Governo da Huíla ao município da Matala para avaliar a situação.

O empresário chinês, que se propôs arrancar com o projecto de produção do cereal e outras quantidades significativas de milh nunca remeteu às autoridades locais a solicitação de uma licença comercial.

A directora do Gabinete Provincial do Comércio, Indústria e Recursos Minerais, Paula Joaquim, diz que o Governo está preocupado com o problema e busca agora uma solução para inverter a situação.

“Não vamos deixar estragar uma grande quantidade de arroz e uma grande quantidade milho. Vamos correr atrás já fizemos contactos com o senhor administrador da Matala e ele disse-nos que era um projecto vocacionado a área agrícola, mas agora querem começar a fazer a venda do que produziram na fazenda agrícola. Nós temos que ver se é um estabelecimento podemos já licenciar aqui em uma semana nós tratamos o alvará comercial”, afirma Joaquim.

O economista Ndenga Mfumuansuka alerta que este problema de escoamento de produtos pode estar relacionado com o pouco relevo que se dá ao sector agrícola que devia ser a base para o desenvolvimento da economia.

“Sem este sector funcionar devidamente sempre teremos dificuldade se não encontrarmos uma saída de desenvolvermos a indústria local e a agricultura”, concluiu Mfumuansuka.

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